Vamos falar sobre o SiSU?

O SiSU é uma plataforma digital que usa a pontuação obtida pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) do ano anterior para entrar nas universidades públicas federais. Vem conhecer um pouco mais sobre!

Vamos falar sobre o SiSU?

Por: Genival Júnior – Coordenador do Ensino Médio do Colégio Ágora

Data: janeiro de 2022

            O Sistema de Seleção Unificada, mais conhecido como SiSU, é uma plataforma digital que usa a pontuação obtida pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) do ano anterior para entrar nas universidades públicas federais. O controle e gerenciamento desse sistema é feito unicamente pelo Ministério da Educação. Com abertura semestral, o SiSU exige um cadastro dos candidatos que ocorre na plataforma do MEC (acesse pelo link SiSU - Sistema de Seleção Unificada (mec.gov.br)). Esse cadastro leva em consideração informações socioeconômicas individuais e familiares do candidato.

De forma simplificada, o SiSU pode ser comparado a um leilão. Segundo o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Cláudio Nogueira, essa plataforma inverteu a lógica dos vestibulares tradicionais, uma vez que, os participantes procuram por um curso a partir de suas notas no ENEM. Contudo, é exatamente por isso, que os jovens se sentem aflitos, pois suas notas podem ou não serem suficientes para escolher um curso.

 

Entendendo o SiSU: um passo a passo

                        O SiSU permite a escolha por dois cursos, ou seja, ao longo dos dias em que permanece aberto, o candidato pode refazer a sua escolha de acordo com a sua nota. Os critérios de escolha são o a cidade desejada, o curso pretendido e a instituição escolhida. Segundo Bento Júnior (2020), as escolhas no SiSU devem priorizar esses critérios, adequando-os à sua realidade e ambições profissionais dos aspirantes. Isso origina três possibilidades, como mostra o quadro abaixo:

            Alguns cursos exigirão uma nota mínima, ou seja, para alcançar uma vaga o candidato deve ter aquela pontuação exigida pelo edital da universidade escolhida. Ao mesmo tempo, a instituição pode atribuir pesos diferentes para as áreas do ENEM. No caso do curso de Direito, a área das Ciências Humanas pode exercer maior peso do que Matemática, enquanto na graduação em Ciências da Computação essa situação pode se inverter.

            Outra questão importante relacionada ao SiSU são as cotas. Instituídas pela lei nº 12.711 de 2012, essa é uma política pública que distribui as vagas das universidades entre estudantes vindos das escolas públicas e privadas. No caso das escolas públicas, o número de vagas é dividido com base na renda, etnia e deficiência. Estes últimos critérios utilizam os dados do censo demográfico do IBGE para estabelecer a quantia de vagas disponíveis. Portanto, ao dividir as vagas em pequenos grupos, espera-se que a concorrência fique mais igualitária.

A compreensão das cotas fica mais clara através do seguinte esquema, disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), que simula 100 vagas disponíveis em um curso hipotético:

 

 

Independente da modalidade em que o participante se inscreve é fundamental acompanhar as atualizações do SiSU ao decorrer do dia. São nesses momentos em que as notas de cortes são disponibilizadas e o candidato consegue perceber se sua nota é suficiente ou não para o curso desejado na universidade escolhida. Ao longo do primeiro dia não ocorrem atualizações, contudo, ao término dele, às 00h, divulgam-se as notas de corte. Após essa primeira divulgação, nos três dias seguintes, as notas de corte são atualizadas às 7h, 12h, 17h30 e 20h.

            Depois das sucessivas atualizações e do fechamento do sistema, cria-se uma lista classificatória com os aprovados na primeira chamada. Esse resultado é divulgado no próprio sistema. Caso o candidato seja aprovado nos dois cursos escolhidos, o SiSU considera apenas a primeira opção. É impossível matricular-se nos dois cursos em caso de uma aprovação nas opções feitas, o sistema impede essa prática.

            Quando um candidato não consegue ser aprovado existe a oportunidade de participar da lista de espera. Para sua participação, o candidato deve escolher um entre os dois cursos inscritos; e acompanhar a atualização dessas listas através da página de processos seletivos da universidade escolhida. O surgimento de vagas ocorre em função da desistência dos recém-aprovados. A quantidade de listas de espera varia de acordo com o curso e instituição, havendo casos em que um curso não aparece numa lista, mas na seguinte, convoca candidatos para completar suas vagas.

            A atenção na escolha do curso, bem como nas atualizações das notas de corte do SiSU são fundamentais para conquista da vaga em uma universidade. Para que isso ocorra da melhor maneira possível, o candidato deve levar em conta critérios como a grade curricular do curso escolhido, os projetos existentes no curso, o corpo docente, as linhas de pesquisa dentre outras questões tratadas como relevantes no mundo acadêmico.

            Para reduzir a aflição diante das incertezas do SiSU, existem simuladores de notas que ajudam na escolha pelo curso (como o SiSU Simulator e o Simulador SiSU 2022 - Nota do Enem 2021 | Descomplica). Com esses sites é possível clarear as possibilidades de escolha por um curso superior.

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